quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O Mundo de Toonu - Capítulo 7

Charpeter 7: "Três Destinos que se dispersam"
Bem anteriormente:
[b] No outro dia, ao resolver voltar lá o encontrou o túmulo refeito, igual era antes. O garoto estava lá, e pediu mais uma vez desculpas. Aidil dera um sorriso tão contagiante que tudo parecia explodir-se em felicidade. O garoto, então, disse:
- E aew bão! Sou Toonu, prazer!
Aidil, não falou nada. Apenas deu um abraço tão forte no garoto que desde então amizade dos dois dura até hoje.

Quanto a Anerol, o Destino lhe reservara grandes surpresas...[...]


####

Após três anos no vilarejo, Aidil e Toonu haviam se tornado verdadeiros irmãos. O garoto já era íntimo na casa de Missery que, aliás, o tratava como um filho que nunca teve. Toonu retribuía da mesma maneira, sempre ali disposto a ajudar em algo, a contar suas histórias de fantasias e a fazer o belo sorriso de Aidil escorrer novamente por aquele rosto tímido.

E assim foram esses três anos, anos realmente felizes para aquela família marcada pelas desgraças. Apenas uma coisa ainda intrigava Missery e Aidil, o fato de Toonu nunca comentar suas origens, sobre seus pais, parentes e enfim sobre sua vida particular. De certo modo a única coisa que se poderia ter certeza era de que ele era um errante.
Quanto a Anerol, esta aos poucos fora sendo esquecida. Já não mais se choravam por ela, já não mais ficavam tristes pelo seu aniversário, já não mais lamentavam sua partida.

Num outono de flores amalgamas algo estranho viera a acontecer. Aidil e Toonu estavam nas Colinas do Norte Base colhendo Siriguela para fazer uma torta de nozes, era aniversário de Missery e os dois queriam fazer um bela surpresa.
Armaram tudo para quando ela chegasse tivesse aquela felicidade. Missery havia ido ao vilarejo resolver determinados assunto.
O anoitecer chegara, mas nada de mIssery chegar. As corujas já groavam e Missery não aparecia. Aidil entrara em desespero. Toonu tentou acalma-la mas nada adiantava. Resolveram então ir atrás dela na calada da noite. Quando estavam prestes a abrirem a porta um menino, manco da perna esquerda entregou-lhes um bilhete e sai mancando rumo ao oeste. Era de Missery. Dizia a carta;

“Oh meus filhos, sei que devem estar preocupados comigo, desculpe-me. Precisei fazer isso antes que seja tarde demais. Na noite passada tive um sonho no qual ele retornava e toda a desgraça voltou a reinar sobre nós. Por isso temo em ficar perto de vocês, preciso protege-los de alguma forma, e a única maneira e desaparecendo para sempre.
Aidil, minha filha quero lhe pedir meu ultimo favor, encontre Anerol. Quanto a você Toonu,quero apenas que siga teu destino. Adeus meus filhos, não mais ouviram falar de mim e se um dia me conheceram, por favor, tentem esquecer. Jamais esquecerei vocês. “Perdoe-me por tudo, pois a glória aos olhos tolos do amor traz a desgraça aos corações inocentes”

Os dois ficaram sem reação. Aidil abraçou Toonu de uma maneira como se fosse despedir-se para sempre. Toonu sentia algo que não podia explicar, não sabia o que dizer, apenas continuou abraçando-a. Aidil fora para o quarto.
Toonu ficara acordado. Pela madrugada, quando a Lua clareava a estrada, Toonu arrumou suas malas. Foi no quarto de Aidil que dormia e deixou sobre ela um colar que sempre usara e nada mais.
Toonu fora embora repentinamente.

Ao amanhecer o mundo de Aidil se desfalecera, estava sozinha de verdade. Não sabia mais o que fazer. Apenas chorou. Chorou por tudo... Por quê? Por quê? Mãe, Toonu, por que me deixaram....Mais dois anos se passaram depois disto. Aidil ficara na vila, sozinha. Não mais saia de casa, não mais fazia amigos, não mais queria viver...
Numa tarde de Verão para curtir nas lojas Renner Aidil decidira: vou cumprir minha promessa: Encontrarei-te Anerol, te encontrarei.
Arrumou sua mala. Fechou a casa e pôs fogo em tudo. Todo seu passado era cinza agora. Passou no túmulo de seu esquilinho e ali chorou pela última vez em todo a sua vida...
Partiu, partiu sem rumo, mas com um destino, encontrara a irmã.

E assim, três partiram em destinos confusos e misteriosos. Anerol, Aidil e Toonu. Cada uma seguia agora o que o tempo lhes reservava. Não mais eram os mesmos, não mais crianças...eram agora homens,mulheres eram agora pokémons.

Continua...

Mate-me James.

Hoje, James levantou como de costume. Saiu da cama ainda nu e sentou-se sobre o leito. Ficou ali por uns minutos, como se estivesse pensando na vida, como se realmente tivesse uma vida. Não foi ao banheiro. Vestiu a cueca preta e rumou para a cozinha. Um, dois, trê armários abertos e nada lhe atraiu. Bebeu um copo de água. Sentou-se no sofá. Dormiu novamente como lhe era de costume por poucos quinze minutos até que o som do telefone lhe acordasse. Não atendia telefones. Não ligava para nínguém. Queria apenas ficar deitado.Só.

James foi para o quarto. Foi ao banheiro. Escovou os dentes. Descarregou-se. Penteou o cabelo, fez a barba. Pegou no cabideiro seu casaco preto e vestiu. Estava pronto agora. Era hora de matar algumas pessoas.

Abriu o portão de sua casa. Carregava uma faca entre a cintura e um palito entre os dentes. O dia estava nublado. Sua primeira vítima, Caroline de 13 anos.

[...continua.

Imagem Do Dia


Contribuição da Dessa.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Converta


Site destinado à baixar o áudio ou vídeo de arquivo do youtube. Espero que vocês gostem. Só clicar na imagem para conferir.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Stand-up Comedy de Murilo Gun (Banheiro Masculino)

Notas de um ignorante


Entre as coisas que me surpreendem e humilham, figura esta, fundamental, que é a cultura de meus amigos e conhecidos. Não só a cultura no sentido clássico, mas também o conhecimento imediato das coisas e fatos que lhe estão sob os olhos no dia-a-dia da existência. Quem está a meu lado sempre leu mais livros do que eu, conhece mais política do que eu, já esteve em mais países do que eu, já teve mais casos sentimentais do que eu, estudou mais do que eu, praticou e pratica mais esportes. Paro e me pergunto que fiz dos meus anos de vida. Já fui atropelado e sofri alguns acidentes, como explosão, queda e afogamento. Mas entre os acidentados não estou na primeira fila. Tenho vários amigos que já caíram de avião, outros de cavalo, alguns sofreram pavorosos desastres de automóveis, um esteve preso num armário enquanto uma casa (não a dele, é claro!) se incendiava, outro ajudou a salvar o navio Madalena em meio a tremendas ondas que ameaçavam arrebentar sua lancha a todo momento.
Que fiz eu de minha vida? Em matéria de cultura encontro imediatamente quinhentas pessoas, só entre as que eu conheço, que sabem mais línguas do que eu, leram mais, falam melhor e mais logicamente, conhecem mais de teatro e citam com precisão escolas filosóficas, afirmando que tal pensamento pertence a esta e contradiz aquela. Que fiz eu? De esportes ignoro tudo, não sei sequer contar os pontos de vôlei, só assisti até hoje a uma partida de pólo, nunca joguei futebol e quando vou ver esses jogos desse esporte, só consigo reconhecer os jogadores mais famosos. Esqueço o nome de todos, e no domingo seguinte já não sei mais o escore da partida a que assisto neste. Nado mal, corro pedras, jamais consegui me levantar num esqui aquático, não guio lancha, joguei golfe uma vez, tênis seis meses, não entendo de velejar (o que já me causou uma grande humilhação diante de esportivíssimas americanas de quinze anos que me conduziram num passeio lá na terra delas), e, em matéria de mares, nunca lhes sei os ventos e fico parvo com o senso de direção de muitos e muitos de meus amigos que jamais supus tomassem nada de brisa e tufões. Guio, mas o motor de meu carro é para mim um mistério indevassável. Sei apenas abrir o capô e contemplar a máquina, atitude metafísica que até hoje não pôs carro algum em marcha.
Seria eu então um homem dedicado á cultura propriamente dita, aos livros, ao estudo, ao amor da leitura e do pensamento? Não, pois meu pensamento é confuso e minha leitura parca. Conheço homens, dos que não vivem de escrever, que pensam muito melhor do que eu e leram muito mais, sem contar os especialistas, que conhecem livro pelo cheiro.
Entre os que viajam também não sou dos que tenham viajado mais. Com o agravante de que nunca sei bem onde estou, não conheço a distância que vai de Roma a Paris, nem sei se Marselha está ao Sul ou ao Norte da Itália. Fico boquiaberto quando vejo amigos meus apontarem estátuas e falarem sobre os personagens que elas representam com uma facilidade com que falariam de si próprios. Mesmo o conhecimento de nomes, pessoas e fatos adquiridos em viagens eu o esqueço em três semanas. Mas não adianta o leitor querer me consolar, dizendo que talvez eu seja um bonvivã, porque nunca o fui dos maiores, tendo minha vida sido conduzida sempre numa certa disciplina, necessária a quem veio de muito longe. Donde o amigo poderá concluir então que eu sou um trabalhador infatigável, um esforçado, um detonado. E isso também não é verdade porque, com raras exceções, nunca trabalhei demasiadamente e cada vez procuro trabalhar menos, numa conquista ao mesmo tempo prática e filosófica. Bebo? Bebo mal e ocasionalmente. Não sei quando a bebida é boa ou falsificada. Não sei o nome dos vinhos mais triviais e sempre me esqueço qual é o restaurante em que eles fazem um prato que certa vez eu adorei. Por mais jantares a que tenha ido e por melhores alguns lugares que tenha freqüentado, devo sempre esperar que alguém se sirva na minha frente para não pegar o talher errado e o copo idem. Além do que não como muito, nem tenho nenhuma particular predileção por comer. Gosto então da vida calma, sou um praticante da meditação e do ioga? Nunca dos que mais o são. Por outro lado a extrema agitação também não me é familiar.
Que fiz da minha vida? Quando há um acidente de rua, vem-me o pavor de tomar partido, pois nunca tenho realmente a convicção do lado certo. Se fala o mais poderoso eu sou inclinado a ficar de seu lado por uma tendência a defender os que hoje são mais comumente acusados de todos os males, vítimas do tempo. Se fala o mais humilde sinto-me inclinado a defendê-lo por um ancestralismo que me faz seu irmão, por idéias arraigadas que fazem com que todo homem queira lutar instintivamente pelo mais fraco. Por quê? Não sei. Sou bom de guardar nomes, caras, datas? Já disse que não. Sempre esqueço o nome dos conhecidos e troco o dos amigos mais íntimos num fenômeno parifásico que só a loucura mesma explicaria ou então a bobeira nata que Deus me deu. E política meu conhecimento chega ao máximo de saber que o Sr. Plínio Salgado pertence ao PRP, o Brigadeiro à UDN e Jango ao PTB e creio que há alguns outros partidos também. Mas mesmo essas convicções não são inabaláveis e, se alguém me pegar desprevenido e fizer dessas letras e nomes outras combinações, lá vou eu a aceitá-las, embrulhado e tonto, até que outro interlocutor crie para mim novas combinações e novas confusões.
Mas peguem um puro e simples crime e eu nunca sei quem matou a empregada e em meu peito jamais se chegou a criar uma suspeita sólida a respeito do poeta de Minas. Isso, aliás é o máximo a que vou – sei que houve um crime em Minas Gerais, alguém matou alguém. O morto não está na lista de minhas lembranças, não sei de quem se trata. Sei que o indiciado assassino é um poeta, vi sua cara barbada e meio calva em muitos jornais e revistas. Mas meus conhecidos sabem de tudo. As mulheres de meus conhecidos então nem se fala. Que fiz eu de minha vida? – me pergunto de novo, honestamente, com a surpresa e a amargura com que o Senhor perguntava: “Caim, que fizeste de teu irmão?” Pois boêmio não sou, embora tenha gasto milhares de noites solto pelas ruas. Mas os boêmios me consideram um arrivista da boemia assim como os homens cultos me consideram um marginal da cultura. E os esportistas a mesma coisa com relação aos parcos esportes que pratico. Todos com carradas de razão.
E nem a maior parte do meu tempo foi gasta em conquistas amorosas, pois nesse terreno o Porfírio Rubirosa, se me conhecesse, me olharia com o mesmo desprezo com que me olham conhecidos galãs nacionais.
Dessa mente confusa, dessa existência confusa, dessas mal-traçadas-linhas de viver creio que só resta mesmo uma conclusão a que durante anos e anos me recusei por orgulho e vergonha – sou, por natureza e formação, um humorista.



Millôr Fernandes
Rio de Janeiro, 1/10/2007
Imagem: JR's

Comparação Infame


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Gatos Discutindo (Legendado)

Hoje é aniversário do Dant, por isso o título da postagem terá quantidade de palavras correspondente à sua nova idade.

Dant nasceu no dia 20 de fevereiro, exatamente no primeiro dia do signo de Peixes.
Isso, como todos sabemos, não significa absolutamente nada, por que ninguém sabe nada sobre o signo de Peixes.
Como todo ser humano, ele não tem a mínima idéia do que fará da vida, e, como característica singular, tem 367 comunidades no orkut.




O garoto maroto chegou a nossas vidas e tomou espaço, especialmente aqui no Idiotagens, demonstrando humor refinado e bom gosto.
De quebra me ajudou nas emergências, como no momento desesperador em que eu não conseguia instalar o Fifa por nada no mundo.

Entããão


Parabéns, Dant!!!


Desejamos a você saúde, sucesso e toda aquela ladainha. Que você seja feliz e que realize seus sonhos!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Sexta é niver de eu!!!



Bom pessoal, é isso aí, eu entrarei na fase 2.0 da vida na sexta-feira, e no sábado vai rolar um churras e tá todo mundo convidado \o/

Quem não for, favor me deixar um scrap com a placa motivacional abaixo:

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Desembargador não-solidário


Recebi essa reportagem de um colega de faculdade e na hora percebi que teria que dividir com vocês.
Nessas horas bate um desânimo em estudar Direito no Brasil.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Exorcismo Real!!!



Olha o demo dançando funk mano!!! Sempre desconfiei que era coisa do corno!!!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Bebê genial!!!



Esse já pode pular o jardim de infância e ir direto pra faculdade...=P

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Como seria...


... uma nota de R$ 500,00.
E viva o Brasil!


domingo, 1 de fevereiro de 2009

Agarra o Guaximim

Mais uma produção: Lamounier Pictures de Goiais

"Aqui não há Lei. Não há nada. Só há nós. Nós somos a Lei."