sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

15 minutos para Jonh



I - 00h 00min 00s 10mls



Alguns milésimos antes:


"Dizem que quando estamos a beira da morte a nossa mente faz uma retrospectiva de tudo que fomos, fizemos ou não. Dizem que a nossa vida se passa em 15 minutos ante de nosso último suspiro.

Meu tempo começou a passar..."


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Dia 29 de Outubro, foi esse o dia que pela primeira vez eu abri meus olhos, do dia que pela primeira vez Jonh E. Wood abriu os olhos para um mundo que o esperava.


Engraçado que quando nascemos parece que nem somos nós mesmos, nem sequer lembramos de nós ou do que estava a nossa volta.São os outros que nos fazem lembrar quem éramos. Acho que ao nascermos somos apenas uma bola fofa que chora e dá risada, mas que incrivelmente tem o dom de fazer as pessoas nos amarem. Soms nada e tudo ao mesmo tempo.


Desse meu momento as únicas coisas que posso ver agora são o abraço de uma mulher e o rosto de homem que chora ao seu lado.Parecem estar felizes com minha presença.Eles são Lindy E. Stall e Kalf Balbo Wood, e pelo que me parece são meus pais.

A história dos meus pais ainda não me veio á tona. Acho que vou ter de esperar o tempo correr um pouco, com meus dez minutos de vida ainda num dá para saber muita coisa.


Sornborn Town,Rua Longesat, quadra 29 casa número 53. Acho que será aqui onde vou passar 23 anos de minha vida. Uma casa típica das pequenas cidades, um jardim gramdo com flores azuldas.Uma árvore enorme onde certamente construirão minha "casa-na-árvore". Era uma casa branca, de madeira a lascas. Havia um sotão.

Há uma garotinha loira na porta, junto de uma velha e uma mulher de vestido babadinho com bolinhas pretas, ela parece um pouco ridicúla. Aquela loirinha era Windbell E. Wood:


--- Vovó, gritou a menininha puxando o vestido da velha, aquele é meu irmãozinho?!!!

--- Sim Bell! Sim! É o pequeno Jonh!!!


Acho que agora descobri quem era a loirinha. Era minha irmã mais velha.Bell. A doce e azeda Bell. Quanto a velha, essa logo me pegara no colo e me dera um sorriso tão gostoso do qual jamais me esqueci. Sentia-me seguro com o abraço daquela velhinha...Ayma R. Fistom, a minha avó. Gostaria que ela estivesse aqui comigo agora.Gostaria que ela pudesse me dar outro sorriso daquele...

A mulher de vestido com bolinhas preta era Bila, uma muda que minha avó criara desde os sete anos de idade.


Num instante, não sei porque, comecei a chorar.Derrepente apareceu um peito enorme na minha frente, que logo me puseram á boca. Nem tive tempo de fazer nada! Meu Deus, pensei comigo, querem me sufocar! No entanto, automaticamente comecei a mamar. Nossa... e como era gostoso aquilo...quentinho. Acho que começei a dormir. Ouvia-se muitos " Que lindinho! Oh que gracinha!", acho que falavam de mim. A última cena que vi foi uns cavalinhos que ficavam voando em circúlos em cima de mim. Será que eles não cansam?....Resolvi dormir por eles.

Acho que estou crescendo...

CONTINUA...

2 comentários:

Anônimo disse...

"A mulher de vestido com bolinhas preta era Bila, uma muda que minha avó criara desde os sete anos de idade."


bom saber.

Martins disse...

interessante não, saber que ela era muda.

"Aqui não há Lei. Não há nada. Só há nós. Nós somos a Lei."