terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Cazuza - Vai à Luta / Ritual (1987)

*Recomendação: Veja até o final.

VAI À LUTA
(Composição: Cazuza / Rogério Meanda)

Eu li teu nome num cartaz
Com letras de néon e tudo
Ano passado diriam
Que eu tava maluco

O pessoal gosta de escrachar
De ver a gente por baixo
Pra depois aconselhar
Dizer o que é certo e errado

Eu te avisei: "Vai à luta
Marca teu ponto na justa"
Eu te avisei: "Vai à luta
Marca teu ponto na justa
O resto deixa pra lá
Deixa pra lá
Deixa pra lá"

Você ouviu, mas fingiu
Que não tinha ouvido nada
Armou de boca calada
E agora se deu bem

Passa toda deslumbrada
Sem um tostão pra me emprestar
Com um cordão de puxa-sacos
Pra te paparicar

Eu te avisei: "Vai à luta
Marca teu ponto na justa"
Eu te avisei: "Vai à luta
Marca teu ponto na justa
O resto deixa pra lá
Deixa pra lá
Deixa pra lá"

Te avisei: "Vai à luta"
Porque "os fãs de hoje
São os linchadores de amanhã"
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RITUAL
(Composição: Cazuza)

Pra que sonhar
A vida é tão desconhecida e mágica
Que dorme às vezes do teu lado
Calada
Calada

Pra que buscar o paraíso
Se até o poeta fecha o livro
Sente o perfume de uma flor no lixo
E fuxica
Fuxica

Tantas histórias de um grande amor perdido
Terras perdidas, precipícios
Faz sacrifícios, imola mil virgens
Uma por uma, milhares de dias

Ao mesmo Deus que ensina a prazo
Ao mais esperto e ao mais otário
Que o amor na prática é sempre ao contrário
Que o amor na prática é sempre ao contrário

Ah, pra que chorar
A vida é bela e cruel, despida
Tão desprevenida e exata
Que um dia acaba

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"Aqui não há Lei. Não há nada. Só há nós. Nós somos a Lei."