quarta-feira, 7 de maio de 2008

Lidiotagens - Parte 4

Damião Experiença


Nascido na Bahia, cidade Lauro de Freitas, distrito de Portão, perto de Salvador. Damião aos 13 anos foge de sua casa para escapar da brutalidade dos pais que batiam nele com cipó de cabo, e como clandestino viaja em um navio até o Rio de Janeiro. Vai morar na zona com as putas, descobre o mundo cedo; como passa fome, decide entrar para a marinha brasileira, para poder comer. Troca de emprego n vezes, aprende a ser homem na rua. Freqüenta puteiros e bordéis, decide morar com uma mulher numa casa de palafita, desertando portanto. Arrepende-se, após 15 dias volta para o quartel, pega 1 ano de cadeia, 1 mês de solitária. Sai transformado; ali ele conheceu o Planeta Lamma. Entrou Damião Ferreira da Cruz, saiu Damião Experyença.


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Começa a pintar, pinta um quadro chamado Planeta Lamma, começa a aprender música na cadeia com os amigos, estamos nos anos 60, pré-ditadura, e a era hippie está em sua plenitude. Damião está no meio disto tudo. Em outras versões, contaria ele que puxou cana por alguns anos devido a cafetinagem . A verdade ? Você terá que perguntar para ele...
Quando sai da cadeia vira operador de radar, e após alguns anos e por um acidente (ou quem sabe por conveniência) a marinha o aposenta após cair do mastro de um navio e bater a cabeça. Damião está de volta às ruas, retorna para a profissão que o acompanhou desde cedo - vira cafetão. Usa o dinheiro ganho das prostitutas para gravar os seus discos, começando com o primeiro em 74, chamado Planeta Lamma, gravado solo, um violão com apenas 1 corda, 1 espécie de chocalho pendurado no violão para fazer percussão e uma gaita presa ao pescoço. Disco soberbo, gravado todo no dialeto do Planeta Lamma, linguagem aprendida (ou criada por ele ?). Para os que perguntam, o dialeto do planeta lamma existe, é real e Daminhão conversa com você a hora que você quiser no dialeto. Ele canta as músicas de todos os discos, feitas no dialeto de forma idêntica, conversa usando às vezes este dialeto, traduz frases inteiras para o dialeto dele. Ele decora ? Quem sabe ?



Até o disco de número 34, são 30 anos de gravações, mas a história prossegue. Vem o segundo disco, com duas cordas no violão, o terceiro com três, o quarto com quatro e o quinto, óbvio com cinco. Começam as experimentações sonoras, e os discos acústicos vão cedendo lugar para uma banda, sobreposições múltiplas de gravações, mix de músicas acústicas com uma banda ao fundo, as músicas já estão mais maduras, há um equilíbrio entre o dialeto do Planeta Lamma e o português convencional (com pitadas de espanhol). Existe uma percussão sincronizada, há uma gaita e uma marimba em alguns discos, em outros discos Daminhão mistura suas gravações acústicas com as músicas da banda criando o caos sistemático. Às vezes tendo cinco músicas sobrepostas, todas cantadas no dialeto, com bases insondáveis, Algumas letras surpreendentes também. As matrizes dos discos são sobrepostas e geram novas músicas. Lança nesta fase sua autobiografia, contida no site, na seção Livro. Seu primeiro e único livro, até o momento.
Logo após, Damião grava com uma banda, e lança surprendentes discos pelo seu selo, Planeta Lamma, que tem uma banda; a banda Planeta Lamma, segundo ele formado por músicos hoje famosos da TV e da mídia que não revelam o nome. São rocks progressivos de todos os tipos com letras (quase todas) criadas na hora, on the spot, algumas cantadas sobre uma base de rock pesado (como ele diz) já nos anos 80, prossegue neste formato até parar em 1992 com o último disco. Após 30 anos de carreira, cansado do deboche público, da falta de apoio e da mídia em geral ignorar sua obra, empobrecido como todos nós por sucessivos planos econômicos, ele se aposenta, esquece seus discos e perde as matrizes das gravações em inundações que ocorrem no banheiro da sua casa. Fica semi recluso, recebe poucas visitas, vende todos seus discos restantes, quando não, distribui-os. Esporadicamente escreve algo ou grava alguma coisa acústica em seu violão, pensando em um dia relançar um pedaço de sua obra no formato CD.

6 comentários:

Anônimo disse...

aposto q ninguém baixou o Damião!

kkkkkkkkkkkkkk

coitado!
mas é muito ruim a musga dele!
hasuhasuashua

Anônimo disse...

“Linguagem do povo do infinito ao universo de rose 1999”, a discrepância no que tange a experiência estética que tive com o título e com a música é genuinamente instauradora de uma nova realidade. E daí? Isso não tem implicação em nada. –eu não comento por que não tenho o que comentar, mas sou leitor assíduo da página.

Fernando Dantas disse...

Não baixei =P

Coitado do espriença, só sifu na vida toda (tirando a parte de morar com prostitutas, o que parece uma boa idéia)

Lídia disse...

Danilo, postei em sua homenagem.

^^

Sabrina disse...

O Danilo me deixa meio confusa.
Mas como eu sou loira, isso é normal.

Lorena disse...

Putz entao do lascada
porque eu nao sou loira e mesmo assim ele tambem me deixa confusa.

=/

"Aqui não há Lei. Não há nada. Só há nós. Nós somos a Lei."