quarta-feira, 16 de abril de 2008

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Gostaria de poder ser sincero com você, no entanto algo me domina e já não falo por mim mesmo. Sou um hospedeiro. Levaram minha alma e esqueceram meu corpo.

Agonizo-me numa dor que corroe até meu sangue. Pouco a pouco pareço estar desintegrando-me, sumindo de um mundo que não me adaptei, ou melhor, de um mundo que não se adaptou a mim. Agora já não importa lamentações, o passado é como uma pedra para nós; duro e imutável.

É certo que a vida deu-me chances. Esperdício. Talvez não fossem fazer efeito mesmo, talvez errado fosse o mundo que me acolheu. Talvez não, quem sabe?Deus?Não nem mesmo eu ou qualquer outro conseguirá compreender.

Quando mais o tempo passou e ainda passa mais me vejo dominado. Os olhos já não me pertencem, são dele. Cada dia é como se eu estivesse sendo amassado por algo tão forte que me foge o ar. Culpa. Essa é a força que me destrói. No entanto ela faz da pior forma, faz pouco a pouco de modo que sabe como resisto. Insiste. Não sei se agüento mais, sei apenas que ainda tenho coragem para contar-te até onde posso tudo que sei.

O poder nasceu quando ainda éramos jovens. Eu nem pensava em ser gente. Não imaginei que amar fosse assim. Repudio. Desejo. A vida pouco a pouco foi nos moldando. De matéria bruta passei carne e dela passei á alma. O tempo havia de ter parado, mas não parou. Pelo contrario, deu-nos o que precisava,deu-nos uma mãe.

O calor humano é necessário para qualquer um. Ele que dá a primeira energia para que o corpo acorde. Tive esse calor da mais pura alma que brotou neste misero mundo. Mãe. Com certeza foi a única que me amou, sempre me olhou como pérola e acarinhava-me como se eu nunca mais fosse existir.Quem dera fosse assim.Existo.Tudo se foi...ela se foi e a vida se vai pouco a pouco.

Penso se ela ainda estivesse aqui... Seria diferente?Nós seriamos o que somos?Ou nada mudaria?... Se todas as perguntas tivessem respostas não caberia a humanidade viver, caberia apenas escutar. Se foram invernos, outonos, verões e primaveras agonizantes depois que ela se foi. O Sol clama por sua volta e a Lua chora por sua perda... E eu a procuro nas mais belas lembranças onde o mórbido ainda não corroeu, onde ainda há forças para continuar.

Sabe, eu nunca pensei que tudo tivesse um fim. Fomos ingênuos. Fui tolo. Às vezes percebo que não há inicio... há apenas o fim.O começo de tudo é o final de um outro.É dor.É angustia.Solidão.

O quadro dela na parede foi retirado quando eu ainda nem sabia o que era uma mãe. Olhava-a com os olhos presos na infância, tudo era como bolo de chocolate. Sei apenas que a retiraram de minha vida sem ao menos me explicar o porque...

9 comentários:

Fernando Dantas disse...

Nenly&Nenlerey

prova de BD hojeeeeeeeeeee o/

Anônimo disse...

Ei

foi esse q c escreveu pra Pituca, né?

Anônimo disse...

Hey Raito!
Hay!

Lorena disse...

Martins isso me lembrou algo do 3º ano!!!

Sabrina disse...

Eu tbem.

Martins disse...

eu também!

Anônimo disse...

dãããããããrt

Fernando Dantas disse...

/\
ll
ll

tá me chamando?

Sabrina disse...

heauheehauehauehauheauhuehauhe

"Aqui não há Lei. Não há nada. Só há nós. Nós somos a Lei."