segunda-feira, 28 de abril de 2008

O Mundo de Toonu

Charperte 6: “Entre o amor e ódio”

Anteriormente:

“[...] Missery e Blew tiveram duas filhas; Aidil e Anerol. Aidil era a filha mais velha, tinha já seus dezessete anos. Anerol por sua vez era mais nova apenas um ano. Esta por sua vez era uma moça de cabelos cacheados e ruivos, um olhar bem negro e de um temperamento viril. Era uma garota de poucas palavras. A sua força estava no olhar que muita das vezes traduzia por completo os seus pensamentos, seu estado de ser ou mesmo seus desejos e agonias.”
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Era uma tarde de inverno, as beiras de um bosque que apenas refletia o branco. Um ambiente que transcendencia uma espécie de ternura, um conforto ainda que infantilizado pelo cair leve e delicado da neve. Ali, abaixo da caducifólia pessegueira Aidil e Anerol brincavam com o frio.

Construíram um pequeno castelinho. Maciço. Sem janelas. Apenas um castelinho com duas torres; uma de Anerol e a outra de Aidil. Era algo que parecia ser tão sem graça, tão sem razão que incrivelmente por isto aquilo ganhara interesse e valor pelas duas garotinhas. Olhavam, fixamente, cada uma para sua torre, com os olhos palpitando um brilho de encantamento. Todavia, queria o Destino brincar também com as duas, e quando menos se esperava por ele, entrou-o na brincadeira.

Um pequeno esquilo caíra da pessegueira. Destruiu por inteiro aquele castelinho de sonhos. As duas pasmaram-se frente ao ocorrido. Anerol ferveu-se em raiva, a passo que Aidil escorria suas lágrimas. O esquilo ficara inconsciente sobre os destroços da brincadeira.

“Vou mata-lo agora!”, pensou alto Anerol. Pegou uma pequena pá de ferro que estava usando para construir o castelinho e sentou duas cacetadas no pobre esquilo. O sangue correu-lhe a cabeça, tão pequenina, tão inocente, por mais que estivesse inconsciente, sentia por dentro uma dor insuportável... “Pare Anerol, Pare agora”, gritou escandalosamente a sentida Aidil. A terceira paulada freiou-se no ar com o grito da garotinha.
- Ele não tem culpa sua Anerol, foi um acidente!
- Não importa sua retardada! Foi ele quem destruiu minha torre! A minha torre! Minha!
Aidil, sentiu um aperto tão grande no seu coração ao ouvir aquilo de sua irmã. Não tinha ela coração, será? Por que daquela desumanidade, daquela ira descontrolada? Aidil, então, fez o que nunca lhe havia passado pela mente, ergueu sua mãozinha e sentou um tapa com toda a força em Anerol. Um tapa carregado de tristeza e de pena dá irmã. Pegou o pobre esquilinho, enrolou-o em sua roupa e correu com ele para casa.

Anerol ficará no chão, indignada coma situação. Pela primeira vez corria uma lágrima pelos olhos. Uma lágrima quente, efervescida de uma raiva que mal lhe cabia no coração. Daquele momento em diante prometera Anerol para si mesma que um dia mataria sua irmã...

O esquilinho ficou uma semana aos cuidados de Aidil. Ela cuidou dele como se fosse um filho. Transmitiu um amor tão terno que o pequenino animalzinho certamente nasceu de novo. Os dois estavam sempre juntos. Era, pois, aquele esquilinho o primeiro amigo de verdade de Aidil.
Um dia, enquanto seu amigo dormia, Aidil fora buscar algumas nozes no quintal. Anerol, que até então nunca mais falara com a irmã e nem comentara sobre a situação, entrou no quarto onde estava o esquilo e com uma faca cortou-o em três pedaços. O pobrezinho apenas suou um grito de dor que podia se sentir em qualquer alma humana. Ali, sobre os restos do pobre animal, Anerol apenas deixara a faca e um sorriso sarcástico.

Aidil, lá de fora sentiu uma pontada no coração. “Não, por favor, Não!”, saíra correndo rumo ao quarto. Ao ver seu amigo ali, estraçalhado pela irmã sentiu a mais dolorosa de suas dores, não sabia nem como expressar aquilo... Pegou o que restava do esquilinho e seguira rumo a pessegueira. Lá fez um túmulo para seu amigo, e chorou ali todas as suas lágrimas. Desde então, todos os dias Aidil vai até lá e por algumas instantes fica ali em silencio, como se falasse com o seu amigo em algum lugar distante.

Nunca mais as irmãs se falaram.

No entanto no dia que Anerol decidiu fugir, quando já entrando na estrada que dava á rota dos esquecimentos, Aidil falou com Anerol, perguntando-lhe:
- Aonde vai Anerol?
Respondeu, pela primeira vez sem aquele seu sorriso sarcástico:
- Estou indo preparar sua morte.

Missery ainda tentou procurar a filha. Blew, nunca ajudara, vivia bêbado caindo pelas ruas, apenas a espera de sua inevitável morte. Aidil ajudara a mãe, e por mais que parecesse hipócrita sua atitude, estava realmente preocupada com a irmã.

Três anos se passaram. No condado em que vivia Missery e Aidil tudo ainda permanecia como sempre fora, com exceção de Blew que morrerá de dengue. Todavia, Aidil encontrara um outro amigo.

Houve um dia, que em seu momento de silencio sobre o túmulo de seu amigo, um vento forte viera. De repente, um garoto caiu em cima dela. O garoto estava na árvore. No que ele caiu, destruiu todo o túmulo feito por Aidil. A garota suspirou uma dor em seu coração já a tanto ferido e escorreu algumas lágrimas. O garoto lhe pediu desculpa, ela então, disse-lhe que não havia problema, aquilo acontece. Saiu então, descrente, com passos tristes rumo a sua casa. No outro dia, ao resolver voltar lá o encontrou o túmulo refeito, igual era antes. O garoto estava lá, e pediu mais uma vez desculpas. Aidil dera um sorriso tão contagiante que tudo parecia explodir-se em felicidade. O garoto, então, disse:
- E aew bão! Sou Toonu, prazer!
Aidil, não falou nada. Apenas deu um abraço tão forte no garoto que desde então amizade dos dois dura até hoje.

Quanto a Anerol, o Destino lhe reservara grandes surpresas...

5 comentários:

Fernando Dantas disse...

hmmmmmmmmmmmmmmmmmmm...

esquilo...

Anônimo disse...

Esse Toonu tá com cara de Guilherme Martins!


Ou...

Esse foi o melhor capítulo até agora!!!!

Lorena disse...

Putz ate no mundo de Toonu tem dengue, coitado desse povo.

Nossa o Toonu so de aparecer ja me lembrou o Naruto...

Guilherme Martins Teixeira Borges disse...

Caraimbas!!!
Cada um tem uma noção mais diferente da outra!!
Uma que sou eu, outra que o Naruto..!!!
Afinal qual é a verdadeira.

???????

ou
alguém cuhta porque usei um esquilo como modelo????

Lorena disse...

Mas você se parece com o Naruto,
entao e um "Guilherme Narutozado"

"Aqui não há Lei. Não há nada. Só há nós. Nós somos a Lei."